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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

LIVRE E DE BONS COSTUMES

Livre e de Bons Costumes implica que, apesar de todo homem ser livre na real acepção da palavra, pode estar preso a entraves sociais que o privem de parte de sua liberdade e o tornem escravo de suas próprias paixões e preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só o fará se for de Bons Costumes, ou seja, se já possuir preceitos éticos (virtudes) bem fundamentados em sua personalidade.

O ideal dos homens livres e de bons costumes, que a sublime Ordem ensina, mostra que a finalidade da Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao aprimoramento espiritual e moral da Humanidade, pugnando pelos direitos dos homens e, pela Justiça, pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para uma maior e mais perfeita compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços indissolúveis de uma verdadeira fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja realmente paz e compreensão entre os povos.

No mundo da atualidade, conturbado pela incompreensão e pela ganância, mais do que nunca é necessário que brilhe no coração dos Irmãos a flama do ideal maçônico; que os obreiros, almas que se ornam pela bondade, forças que se unem pelo amor, vontades que se harmonizam pelo desejo de espalhar luz sobre seus semelhantes, tornando-os bons e caritativos, sejam orientados e guiados na trajetória que os leva a perfectibilidade.

Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra isento de qualquer condição, constrangimento, subordinação, dependência, encargo ou restrição.

A qualidade ou condição de livre, assim atribuído a qualquer coisa, importa na liberdade de ação a respeito da mesma, sem qualquer oposição, que não se funde em restrição de ordem legal e, principalmente moral.
Em decorrência de ser livre, vem a liberdade, que é faculdade de se fazer ou não fazer o que se quer, de pensar como se entende, de ir e vir a qualquer parte, quando e como se queira, exercer qualquer atividade, tudo conforme a livre determinação da pessoa, quando não haja regra proibitiva para a prática do ato ou não se institua princípio restritivo ao exercício da atividade.

Bem verdade é que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde o homem vai aprimorar-se em benefício dos semelhantes, desenvolvendo qualidades que o possibilita ser, cada vez mais, útil à coletividade. Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura jamais conseguiremos fazer um brilhante, por maior que sejam nossos esforços.
O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico. Para ser homem livre, não basta Ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali.

Goza de liberdade o homem que não é escravo de suas paixões vis, que não se deixa dominar pela torpeza dos seus instintos de fera humana.
Não é homem livre, não desfruta da verdadeira liberdade, quem esta escravizado a vícios.

Não é homem livre aquele que é dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suas tentações.

Não é homem livre, quem se enchafurda no vício, degrada-se, condena-se por si mesmo, sacrifica voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos instintos se sobrepuseram às suas qualidade, anulando-as.
Maçom livre, é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos os vícios que infamam, que desonram, que degradam.

O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas as propensões para o mal, despojar-se de todas as tendências condenáveis, sair do caminho das sombras e seguir pela estrada que conduz à prática do bem, que aproxima o homem da perfeição intangível.

Ser livre é ir mais além, é buscar outro espaço, outras dimensões, é ampliar a órbita da vida. É não estar acorrentado. É não viver obrigatoriamente entre quatro paredes.

Sendo livre e por consequência, desfrutando de liberdade, o homem deve, sempre pautar sua vida pelos preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e usada para designar o complexo de regras e princípios impostos pela moral, os quais traçam a norma de conduta dos indivíduos em suas relações domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadas finalidades da própria vida humana.

Os bons costumes, referem-se mais propriamente à honestidade das famílias, ao recato das pessoas e a dignidade ou decoro social.

A ideia e o sentido dos bons costumes não se afastam da ideia ou sentido de moral, pois, os princípios que os regulam são, inequivocamente, fundados nela.

O bom maçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado, com abuso que é defeito.

O bom maçom, livre e de bons costumes, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos desvia do mal.

O bom maçom, livre e de bons costumes, é leal. Quem não é leal com os demais, é desleal consigo mesmo e trai os seus mais sagrados compromissos.
O bom maçom, livre e de bons costumes, cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental da maçonaria, porque só pelo culto da fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menos sofredora.

O bom maçom, livre e de bons costumes, recusa agradecimentos porque se satisfaz com o prazer de haver contribuído para amparar um semelhante.

O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate, jamais se desmanda, não se revolta com as derrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem.

O bom maçom, livre e de bons costumes, é nobre na vitória e sereno se vencido, porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os.
O bom maçom, livre e de bons costumes, pratica o bem porque sabe que é amparando o próximo, sentindo suas dores, que nos aperfeiçoamos.
O bom maçom, livre e de bons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da virtude, que ele deve cultivar.

O bom maçom, livre e de bons costumes, é amigo da família, porque ela é a base fundamental da humanidade. O mau chefe de família não tem qualidades morais para ser maçom.

O bom maçom, livre e de bons costumes, não humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia, e a maçonaria não é abrigo de covardes.
O bom maçom, livre e de bons costumes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus juramentos de fraternidade.

O bom maçom, livre e de bons costumes, não se desvia do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com os objetivos da maçonaria.
O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não vê no auxílio ao semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de solidariedade humana, cuja prática constitui um prazer. Não promete senão o que pode cumprir. Uma promessa não cumprida pode provocar inimizade. Não odeia, o ódio destrói, só a amizade constrói.

O homem que se embriaga é indigno de ser maçom, porque ser ébrio é ser de maus costumes e quem é escravo da bebida, não é livre e o maçom deve ser livre e de bons costumes.

Finalmente, o verdadeiro maçom, não investe contra a reputação de outro, porque tal fazer é trair os sentimentos de fraternidade.

O maçom, o verdadeiro maçom, não tem apego aos cargos, porque isto é cultivar a vaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a elevação dos sentimentos que o bom maçom deve cultivar.

Os vaidosos buscam posições em que se destaquem; os verdadeiros maçons buscam o trabalho em que façam destacar a maçonaria.
O valor da existência de um maçom é julgado pelos seus atos, pelo exercício do bem.

http://www.formadoresdeopiniao.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3520:o-que-e-ser-livre-e-de-bons-costumes-na-concepcao-maconica&catid=66:templo&Itemid=85

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pai Nosso - Oração Maior

A maior oração do cristianismo, sem dúvida alguma é O Pai Nosso, que nos foi legada por JESUS, no sermão da montanha como consta na Bíblia Sagrada, contendo O VELHO E O NOVO TESTAMENTO, traduzida em Português por João Ferreira de Almeida, no Livro de S. Mateus, Cap.: 6, Vers.: 9 a 13.

Diariamente esta oração é efetuada por milhões de pessoas no mundo, nos templos, nas casas, nas ruas, etc.

A maioria das pessoas, não atenta para o que estão rogando ao Pai Celestial, tudo é feito de forma mecânica, automática, como um papagaio treinado.

Devemos estar preparados, psíquica e espiritualmente ao elevarmos as nossas preces, pois, ao fazermos a oração estaremos dimensionando o que queremos.

Ela começa com uma Invocação: - Pai nosso que estás nos céus; neste momento, devemos estar contritos, com o espírito e mente em paz, chamamos a atenção da espiritualidade cósmica, estamos começando um ato solene, vamos elevar as nossas preces ao Deus de nosso coração.

As nossas aspirações e desejos vão ser ditos e cremos que serão atendidos. Fazemos sete petições, as três primeiras são dirigidas ao espírito, as quatro seguintes, dirigidas à matéria, ao ser humano.

1. Santificado seja o teu nome: reverenciamos e consagramos o nome do ser divino, puro e imaculado.

2. Venha o teu reino; que as hostes celestiais com a beleza, glória e amor que resplandece em teu trono, possam ser vistas e sentidas por nós.

3. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; mostramos a nossa submissão aos desígnios celestiais.

4. O pão nosso de cada dia nos dá hoje; solicitamos o alimento para o espírito e o corpo.

5. E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; ao fazermos esta solicitação estaremos dando a medida do que queremos receber, aqui está o perigo para aquelas pessoas que fazem esta poderosa oração de forma mecânica e automática, se neste momento, estamos revoltados, irados, raivosos, magoados, sem compaixão, sem piedade, sem amor, se não perdoamos a ninguém. O que é que estaremos pedindo neste momento ao ser supremo? Estaremos pedindo contra nós, a revolta, a ira, a raiva, a falta de compaixão, a falta de piedade, o desamor de Deus para com nosso ser, e sobretudo, para não sermos perdoados. Devemos ter ciência que ao orarmos o Pai Nosso, poderemos estar pedindo muito bem ou muito mal.

6. E não nos induza à tentação; Jesus, o ser divino foi tentado várias vezes, ele conseguiu se livrar das tentações, nós, que somos fracos seres humanos, provavelmente não conseguiríamos, por isso, não gostaríamos de ser induzidos à tentação.

7. Mas livra-nos do mal; desejamos ficar livres das doenças não só do corpo, mas, também da alma.

O término é com uma dedicatória: porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre, Amém. Reino = Malkuth, Poder = Kether, Glória = hod.

A confirmação do que desejamos na quinta petição, está nos dois versículos seguintes (14 e 15):

14. Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós;

15. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.

Quantos de nós, temos o cuidado e compenetração ao executarmos esta prece, devemos estar cientes de que tudo quanto pedirmos seremos atendidos, S. Mateus, Cap.: 7, Vers. 7: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei , e abrir-se-vos-á. Vers. 8: Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, se abre.

Portanto, cuidado com o que pedimos e desejamos.

Fonte:http://www.pedroneves.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=923615

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Flor de Lótus

Certo dia, à margem de um tranquilo lago solitário, a cuja margem se erguiam frondosas árvores com perfumosas flores de mil cores, e coalhadas de ninhos onde aves canoras chilreavam, encontraram-se quatro elementos irmãos: o fogo, o ar, a água e a terra.

- Quanto tempo sem nos vermos em nossa nudez primitiva - disse o fogo cheio de entusiasmo, como é de sua natureza.


- É verdade - disse o ar. - É um destino bem curioso o nosso. À custa de tanto nos prestarmos para construir formas e mais formas, tornamo-nos escravos de nossa obra e perdemos nossa liberdade.


- Não te queixes - disse a água, pois estamos obedecendo à Lei, e é um Divino Prazer servir à Criação. Por outro lado, não perdemos nossa liberdade; tu corres de um lado para outro, à tua vontade; o irmão fogo entra e sai por toda parte servindo a vida e a morte. Eu faço o mesmo.


- Em todo o caso, sou eu quem deveria me queixar - disse a terra - pois estou sempre imóvel, e mesmo sem minha vontade, dou voltas e mais voltas, sem descansar no mesmo espaço.


- Não entristeçais minha felicidade ao ver-nos, com essas discussões supérfluas - tornou a dizer o fogo. - É melhor festejarmos estes momentos em que nos encontramos fora da forma. Regozijemo-nos à sombra destas árvores e à margem deste lago formado pela nossa união.


Todos o aplaudiram e se entregaram ao mais feliz companheirismo.


Cada um contou o que havia feito durante sua longa ausência, as maravilhas que tinham construído e destruído. Cada um se orgulhou de se haver prestado para que a Vida se manifestasse através de formas sempre mais belas e mais perfeitas. E mais se regozijaram, pensando na multidão de vezes que se uniram fragmentariamente para o seu trabalho.


Em meio de tão grande alegria, existia uma nuvem: o homem. Ah! Como ele era ingrato. Haviam-no construído com seus mais perfeitos e puros materiais, e o homem abusava deles, perdendo-os. Tiveram desejo de retirar sua cooperação e privá-lo de realizar suas experiências no plano físico. Porém a nuvem dissipou-se e a alegria voltou a reinar entre os quatro irmãos.


Aproximando-se o momento de se separarem, pensaram em deixar uma recordação que perpetuasse através das idades a felicidade de seu encontro.


Resolveram criar alguma coisa especial que, composta de fragmentos de cada um deles harmonicamente combinados, fosse também a expressão de suas diferenças e independência, e servisse de símbolo e exemplo para o homem. Houve muitos projetos que foram abandonados por serem incompletos e insuficientes. Por fim, refletindo-se no lago, os quatro disseram:


- E se construíssemos uma planta cujas raízes estivessem no fundo do lago, a haste na água e as folhas e flores fora dela? A ideia pareceu digna de experiência.


- Eu porei as melhores forças de minhas entranhas - disse a terra - e alimentarei suas raízes.


- Eu porei as melhores linfas de meus seios - disse a água - e farei crescer sua haste.


- Eu porei minhas melhores brisas - disse o ar - e tonificarei a planta.


- Eu porei todo o meu calor - disse o fogo - para dar às suas corolas as mais formosas cores.


Dito e feito. Os quatro irmãos começaram a sua obra. Fibra sobre fibra foram construídas as raízes, a haste, as folhas e as flores. O sol abençoou-a e a planta deu entrada na flora regional, saudada como rainha. Quando os quatro elementos se separaram, a Flor de Lótus brilhava no lago em sua beleza imaculada, e servia para o homem como símbolo da pureza e perfeição humana.


A pureza representada pela flor ocorre em alusão ao processo de germinação da flor que emerge de águas lodosas para a superfície e quando desabrocha mostra toda a sua beleza e força, abrindo as flores brancas imaculadas.


Este padrão de crescimento significa o progresso da alma que mesmo adversa, vindo da lama, materializa-se na primavera e sobrepõe-se a todas as adversidades.


Com esta mensagem parabenizo toda a Diretoria recém-empossada da Augusta e Respeitável Loja Simbólica Flor de Lótus nº 38, desejando que sejam perenes, que se mantenham impecáveis sobre as águas turvas, que se aqueçam no calor da convivência com as coirmãs e brilhem no seio da maçonaria, fortalecendo ainda mais a nossa Grande Loja Maçônica do Distrito Federal.

José Araguaçu
Venerável Mestre - Loja Juscelino Kubitschek nº 15

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Casa do Caminho - Almoço Beneficente - II Boi no rolete

Participe do almoço beneficente em prol da CASA DO CAMINHO.

http://www.seamcasadocaminho.com.br/quem-somos.htm

O que é a casa do caminho ?
É uma casa que abriga crianças sem famílias, visando ao seu desenvolvimento integral. As crianças moram em casas-lares, onde tem a mãe social, irmãos e a vizinhança, e estudam em escolas da comunidade local.
A casa do caminho tem como objetivo desenvolver a criança à família: não só abriga, alimenta, veste e instrui, como também, e sobretudo: cura os males resultantes da orfandade ou do abandono, reintegrando-a na sociedade.

Ps. Vc pode participar divulgando esta msg aos amigos e familiares.

Adquira seu convite com José Araguaçu: zearagua@bol.com.br 61-84970063.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Uma lição de vida

Em 2009, o vice-presidente da República, José Alencar, de 77 anos, deu início a mais uma batalha contra o câncer. É o 11º tratamento ao qual ele se submete na tentativa de controlar o sarcoma, um câncer agressivo e recidivo, diagnosticado pela primeira vez em 2006. Visivelmente abatido, quase 10 quilos mais magro, Alencar recebeu a repórter Adriana Dias Lopes na sala 215 do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, enquanto passava pela primeira sessão de químio. O encontro durou cerca de uma hora. Nos primeiros dez minutos, o vice-presidente comeu dois hambúrgueres e tomou um copo de leite.. Alencar chorou duas vezes. Ao falar de seus pais e da humildade, a virtude que, segundo ele, a doença lhe ensinou.

Como o senhor está se sentindo?
Está tudo ótimo: pressão, temperatura, coração e memória. Tenho apetite, inclusive – só não como torresmo porque não me servem. O meu problema é o tumor. Tenho consciência de que o quadro é, no mínimo, dificílimo – para não dizer impossível, sob o ponto de vista médico. Mas, como para Deus nada é impossível, estou entregue em Suas mãos.

Desde quando o senhor sabe que, do ponto de vista médico, sua doença é incurável?
Os médicos chegaram a essa conclusão há uns dois anos e logo me contaram. E não poderia ser diferente, pois sempre pedi para estar plenamente informado. A informação me tranquiliza. Ela me dá armas para lutar. Sinto a obrigação de ser absolutamente transparente quando me refiro à doença em público – ninguém tem nada a ver com o câncer do José Alencar, mas com o câncer do vice-presidente, sim. Um homem público com cargo eletivo não se pertence.

O senhor costuma usar o futebol como metáfora para explicar a sua luta contra a doença. Certa vez, disse que estava ganhando de 1 a 0. De outra, que estava empatado. E, agora, qual é o placar?
Olha, depois de todas as cirurgias pelas quais passei nos últimos anos, agora me sinto debilitado para viver o momento mais prazeroso de uma partida: vibrar quando faço um gol. Não tenho mais forças para subir no alambrado e festejar.

Como a doença alterou a sua rotina?
Mineiro costuma avaliar uma determinada situação dizendo que "o trem está bom ou ruim". O trem está ficando feio para o meu lado. Minha vida começou a mudar nos últimos meses. Ando cansado. O tratamento que eu fiz nos Estados Unidos me deu essa canseira. Ando um pouco e já me canso. Outro fato que mudou drasticamente minha rotina foi a colostomia (desvio do intestino para uma saída aberta na lateral da barriga, onde são colocadas bolsas plásticas), herança da última cirurgia, em julho. Faço o máximo de esforço para trabalhar normalmente. O trabalho me dá a sensação de cumprir com meu dever. Mas, às vezes, preciso de ajuda. Tenho a minha mulher, Mariza, e a Jaciara (enfermeira da Presidência da República) para me auxiliarem com a colostomia. Quando, por algum motivo, elas não podem me acompanhar, recorro a outros dois enfermeiros, o Márcio e o Dirceu. Sou atendido por eles no próprio gabinete. Se estou em uma reunião, por exemplo, digo que vou ao banheiro, chamo um deles e o que tem de ser feito é feito e pronto. Sem drama nenhum.

O senhor não passa por momentos de angústia?
Você deveria me perguntar se eu sei o que é angústia. Eu lhe responderia o seguinte: desconheço esse sentimento. Nunca tive isso. Desde pequeno sou assim, e não é a doença que vai mudar isso.

O agravamento da doença lhe trouxe algum tipo de reflexão?
A doença me ensinou a ser mais humilde. Especialmente, depois da colostomia. A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade. E Ele tem sido generoso comigo. Eu precisava disso em minha vida. Sempre fui um atrevido. Se não o fosse, não teria construído o que construí e não teria entrado na política.

É penoso para o senhor praticar a humildade?
Não, porque a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento. Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo de outras pessoas para executar tarefas básicas. Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações. Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas muito mais elevadas do que eu, como os profissionais de saúde que cuidam de mim. Isso vale tanto para os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil, Raul Cutait e Miguel Srougi quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem anônimos que me assistem. Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente tem menos importância do que o que eles fazem. Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto sobre o próximo. Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor.

Essa sua consideração não seria uma forma de se preparar para a morte?
Provavelmente, sim. Quando eu era menino, tinha uma professora que repetia a seguinte oração: "Livrai-nos da morte repentina".

O que significa isso?
Significa que a morte consciente é melhor do que a repentina. Ela nos dá a oportunidade de refletir.

O senhor tem medo da morte?
Estou preparado para a morte como nunca estive nos últimos tempos. A morte para mim hoje seria um prêmio. Tornei-me uma pessoa muito melhor. Isso não significa que tenha desistido de lutar pela vida. A luta é um princípio cristão, inclusive. Vivo dia após dia de forma plena. Até porque nem o melhor médico do mundo é capaz de prever o dia da morte de seu paciente. Isso cabe a Deus, exclusivamente.

O senhor se deu conta da comoção nacional que tem provocado?
Não há fortuna no mundo capaz de retribuir o carinho dos brasileiros. Sou um privilegiado. Você não imagina a quantidade de manifestações afetuosas que tenho recebido. Um dia desses me disseram que, ao morrer, iria encontrar meu pai, falecido há mais de cinquenta anos. Aquilo me emocionou profundamente. Se for para me encontrar com mamãe e papai, quero morrer agora. A esperança de encontrar pessoas queridas é um alento muito grande – e uma grande razão para não ter medo do momento da morte.

O senhor se tornou mais devoto com a doença?
Sou de família católica, mas nunca fui de ir à missa. Nem agora faço isso. Quando a coisa aperta, rezo o pai-nosso. Ultimamente, tenho rezado umas duas, três vezes ao dia.

Se recebesse a notícia de que foi curado, o que faria primeiro?
Abraçaria a Mariza e diria: "Muito obrigado por ter cuidado tão bem de mim".

Fonte: http://www.carlahelmer.com.br/refl049.htm

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O Processo Iniciático Maçônico

Os maçons não discutem Religião em Loja. No entanto, na Maçonaria Regular, apenas são admitidos maçons homens livres e de bons costumes, sendo um desses, obrigatoriamente, a crença num Criador.
Para a Maçonaria e para os maçons, é absolutamente indiferente que nome cada um dá à Divindade em que crê: Deus, Jeovah, Alá (aliás, consabidamente, três nomes para a mesma Entidade), Brahma ou Tao. O que importa é a real existência da crença, porquanto só a partir dela e com ela se pode percorrer o caminho esotérico que leva ao aperfeiçoamento espiritual individual, segundo o método maçônico de confrontação, percepção e estudo dos símbolos e utilização da sua compreensão como bases ou patamares sucessivos para a compreensão de realidades e conceitos sucessivamente mais complexos, na busca da Luz, ou seja, a compreensão do Divino e, assim, do significado da Vida e da Morte física, do nosso papel no Mundo e na Criação, da nossa relação com o Criador.
O processo iniciático maçônico aglutina, assim, a Crença e a Razão, o Conhecimento Empírico e a Experimentação, a Observação e a Especulação, e é um processo sempre individualmente realizado, pelos caminhos e pela forma de cada um, segundo as suas capacidades, necessidades e disponibilidades, mas também sempre com o auxílio, a força, a cumplicidade, a disponibilidade do grupo em que se insere a Loja.
Trata-se, assim, de um processo simultaneamente baseado na Crença e na Razão, no individual e no coletivo, que conduz ao aperfeiçoamento espiritual e, por via dele, ao aperfeiçoamento moral e social.
Pela sua natureza e pela complexidade dos conceitos a intuir, muitas vezes mais do que compreender, é um processo demorado e, sobretudo, em que não é realmente possível queimar etapas. Cada passo é essencial para pisar terreno que permita o passo seguinte. Pretender saltar ou efetuar acrobacias, ainda que vistosas, só tem como resultado a queda no abismo do Erro, conducente ao vale da Ignorância.
Em Maçonaria nada se diz, nada se ensina, tudo se sugere, tudo se simboliza, assim tudo se aprende, cada um segundo a sua real necessidade e através das suas capacidades. E assim cada um segue o seu caminho, este intuindo isto, aquele algo de diverso, como peregrinos que vão fazendo cada um o seu caminho, embora todos desejando chegar ao mesmo santuário. O grupo, a Loja, fornece a cada um a escolha dos meios de transporte, aponta a direção, ajuda a organizar a jornada, mas é exclusivamente a cada um que cabe escolher o seu caminho - se é que porventura não será o Caminho que se abre a cada um...
Cada um estará no seu estágio de aperfeiçoamento e seguirá no seu ritmo. Simbolicamente cada um se situa em graus de evolução diferentes, uns ainda Aprendizes, outros Companheiros, outros já Mestres. Os Aprendizes ainda dependem, quase totalmente, do apoio e suporte da Loja, pois ainda estão a procurar reconhecer o mapa, a procurar descobrir a direção, a aprender a ler os sinais indicadores e a reconhecer os enganos. Os Companheiros já sabem para onde querem ir, que direção seguir, mas dependem do auxílio dos mais experientes para decidir quais os percursos que mais lhes convêm e como os percorrer. Os Mestres, esses, já conseguem saber, por si, como e quando e por onde devem prosseguir sua caminhada, já conseguirão corrigir erros na determinação da via e têm capacidade para retomar sua orientação. Mas sempre verão com satisfação o auxílio de seus Irmãos na busca que realizam ao mesmo tempo em que cumprem seu dever de auxiliar e orientar todos os seus Irmãos, qualquer que seja o seu Grau ou Qualidade.
Não nos enganemos, porém: o grau "administrativo" que cada Loja atribui a cada um de seus Obreiros é apenas simbólico, ilustrativo. Por se ser Mestre de uma Loja, não se quer dizer que se seja realmente Mestre no Caminho Iniciático Maçônico. E sinto que alguns Aprendizes ou Companheiros de Loja percorrem bem mais seguramente seu caminho do que alguns Mestres como tal definidos na Loja.
Grande erro seria confundir o Grau que ao maçom é "administrativamente" atribuído em Loja (afinal dependendo do decurso do tempo, temperado com alguma assiduidade e a execução de alguns trabalhos não demasiadamente exigentes...) com o grau de evolução que realmente esse maçom apresenta: afinal seria cometer o erro mais básico que o mais jovem Aprendiz pode cometer (e que, naturalmente, é normal e expectável que cometa), o de confundir o Símbolo com a Realidade que esse símbolo simultaneamente oculta e revela!
Resumindo: ser maçom não é só reunir em Loja, usar avental e luvas brancas, ter preocupações sociais e tratar os demais como e por Irmãos; é, claro, também tudo isso, mas é muito mais do que isso, é percorrer o tal caminho, buscar, pelo seu modo e a seu jeito, a sua Luz, assim, a pouco e pouco, se reconciliando com a Vida e, sobretudo, com a inevitabilidade da Morte física. Não será exatamente, como escreveu Camões, se ir "das leis da Morte libertando", mas talvez esse percurso permita, em paz conosco e com tudo o que nos rodeia, libertarmo-nos do medo da dita.
A cada um que foi iniciado maçom foi reconhecido por uma Loja maçônica a capacidade, a virtualidade, a potencialidade, para seguir esta via iniciática, através do método maçônico.
Se o fará ou não, é com cada um. Se o quiser fazer, quando o fará, ainda é com cada qual. Uma Loja maçônica é, antes do mais, um espaço de liberdade ("um Maçom livre, numa Loja livre" é um inalienável princípio básico na Maçonaria) e apenas disponibiliza o seu auxílio, nada impõe, a ninguém critica.
Fonte: http://www.rlmad.net/arquivoblog/59-a-maconaria/207-proces-iniciat.html

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Motivação & Sucesso

Sempre num lugar por onde passavam muitas pessoas, um mendigo sentava-se na calçada e ao lado colocava uma placa com os dizeres:
Vejam como sou feliz!: Sou um homem próspero, sei que sou bonito, sou muito importante, tenho uma bela residência, vivo confortavelmente, sou um sucesso, sou saudável e bem humorado.
Alguns passantes o olhavam intrigados, outros o achavam doido e outros até davam-lhe dinheiro.
Todos os dias, antes de dormir, ele contava o dinheiro e notava que a cada dia a quantia era maior.
Numa bela manhã, um importante e arrojado executivo, que já o observava há algum tempo, aproximou-se e lhe disse: – Você é muito criativo!…
Não gostaria de colaborar numa campanha da empresa?
- Vamos lá…
Só tenho a ganhar! , respondeu o mendigo.
Após um caprichado banho e com roupas novas, foi levado para a empresa…
Daí para frente sua vida foi uma sequência de sucessos e a certo tempo ele tornou-se um dos sócios majoritários.
Numa entrevista coletiva à imprensa, ele esclareceu de como conseguira sair da mendicância para tão alta posição…
Contou ele : – Bem, houve época em que eu costumava me sentar nas calçadas com uma placa ao lado, que dizia: Sou um nada neste mundo!
Ninguém me ajuda!
Não tenho onde morar!
Sou um homem fracassado e maltratado pela vida!
Não consigo um mísero emprego que me renda alguns trocados !
Mal consigo sobreviver!
As coisas iam de mal a pior quando, certa noite, achei um livro e nele atentei para um trecho que dizia: Tudo que você fala a seu respeito vai se reforçando.
Por pior que esteja a sua vida, diga que tudo vai bem.
Por mais que você não goste de sua aparência, afirme-se bonito.
Por mais pobre que seja você , diga a si mesmo e aos outros que você é próspero.
Aquilo me tocou profundamente e, como nada tinha a perder, decidi trocar os dizeres da placa…
E a partir desse dia tudo começou a mudar, a vida me trouxe a pessoa certa para tudo que eu precisava, até que cheguei onde estou hoje…
Tive apenas que entender o Poder das Palavras…
O Universo sempre apoiará tudo o que dissermos, escrevermos ou pensarmos a nosso respeito e isso acabará se manifestando em nossa vida como realidade…
Enquanto afirmarmos que tudo vai mal, que nossa aparência é horrível, que nossos bens materiais são ínfimos, a tendência é que as coisas fiquem piores ainda, pois o Universo as reforçará…
Ele materializa em nossa vida todas as nossas crenças.
Uma repórter, ironicamente, questionou: – O senhor está querendo dizer que algumas palavras escritas numa simples placa modificaram a sua vida?
Respondeu o homem, cheio de bom humor: – Claro que não, minha ingênua amiga!…
Primeiro eu tive que acreditar nelas!…
Tudo que você diz, escreve ou pensa a seu respeito, é recebido pelo Universo como uma oração.
Fonte: http://sucesso.powerminas.com/historia-motivacionalo-mendigo/

domingo, 8 de agosto de 2010

Pai

Pai, pode ser que daqui a algum tempo. Haja tempo pra gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos, pai e filho talvez

Pai, pode ser que daí você sinta, qualquer coisa entre esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz....

Pai, pode crer, eu tô bem eu vou indo, tô tentando vivendo e pedindo
Com loucura pra você renascer...

Pai, eu não faço questão de ser tudo, só não quero e não vou ficar mudo
Prá falar de amor pra você

Pai, senta aqui que o jantar tá na mesa, fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida, onde a vida só paga pra ver

Pai, me perdoa essa insegurança, é que eu não sou mais aquela criança
Que um dia morrendo de medo, nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu

Pai, eu cresci e não houve outro jeito, quero só recostar no teu peito
Pra pedir pra você ir lá em casa e brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar.

Pai, você foi meu herói meu bandido, hoje é mais muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho, você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai
Paz ...

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

As Sete Lágrimas de um Velho Maçom

Num cantinho do Templo, sentado num banquinho, fitando o Delta Luminoso, um triste e velho Mestre Maçom chorava.

De seus olhos, estranhas lágrimas escorriam-lhe pela face e, sem saber o porquê, eu as contei: foram sete. Na incontida vontade de saber, eu me aproximei e o interroguei, "Fala, meu Velho Mestre! Diz ao teu eterno Aprendiz por que externais assim tão visível dor?"

E ele, suavemente, me respondeu, "Está vendo estes Irmãos que entram e saem? As lágrimas contadas estão distribuídas a alguns deles."

"A Primeira, eu dei a esses indiferentes, que não dão valor a história, ao esoterismo, a liturgia e ritualística, e que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber."

"A Segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam desacreditando nos velhos Mestres e na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam".

"A Terceira, distribuí aos maus, àqueles que somente procuram a Loja para promover a discórdia entre os Irmãos".

"A Quarta, aos frios e calculistas que, mesmo sabendo que existe uma Força Espiritual, procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra Amor".

"A Quinta, aos que chegam com suavidade, tem o riso e o elogio da flor nos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio no G.'.A.'.D.'.U.'. na Ordem e nos meus Irmãos, mas somente se eu puder me servir".

"A Sexta, doei aos fúteis que vão à Loja buscando aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente".

"A Sétima, meu amado Irmão, foi grande e deslizou pesada! Foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos do Verdadeiro Maçom.

Fiz doação desta aos Irmãos vaidosos que esquecem que existe o respeito e que existem Irmãos precisando de caridade e tantos seres humanos necessitando de amparo material e espiritual".

"Assim, caro Irmão, foi para todos estes que vistes cair uma a uma."

Autor Desconhecido
Fonte: http://www.estreladalapa7.com.br/sete_lagrimas_de_um_velho_macom/sete_lagrimas_de_um_velho_macom.htm

terça-feira, 8 de junho de 2010

Afunhunhado?

Dilma Rousseff (PT), afirmou nesta terça-feira, em entrevista à rádio "Planeta Diário", de São José dos Campos, que quando Lula assumiu a Presidência a situação do Brasil era "periclitante". "[O Brasil] estava afunhunhado", disse. O Blog pede a ajuda dos universitários para encontrar significado para este novo vocábulo na novilíngua petista. O que seria "afunhunhado"? Não há nada próximo para se possa estabelecer uma relação. Por favor, ajudem a decifrar a Dilma.

(informam que é uma gíria do tempo da guerrilha, quando os terroristas pegavam os inocentes e afunhunhavam os mesmos nos cantinhos escuros, durante os sequestros...eles ficavam ali afunhunhados esperando serem assassinados...Dizem que a turma da Dilma afunhunhava pra caramba!).

Fonte:http://coturnonoturno.blogspot.com/2010/06/afunhunhado.html

sábado, 8 de maio de 2010

DIA DAS MÃES

É prática comum entre os maçons reunir-se para prestar homenagem às mães no dia dedicado a essas criaturas maravilhosas eleitas por Deus para exercer esse sublime magistério, ser mãe.
O Dia das Mães tem tudo a ver conosco, somos uma Instituição devotada ao conhecimento, à prática das virtudes e a defesa da família, representando para os maçons o núcleo mais importante da sociedade humana.
Quando falamos em família reconhecemos nessa figura a coluna central na qual se sustenta a estrutura familiar, que sendo saudável constitui uma sociedade sadia e um estado justo.
Somos figurativamente os filhos da viúva ai significando a mãe dos desvalidos e dos aflitos a quem devotamos o nosso mais profundo apreço.
Desde a mais remota antiguidade, embora em datas diferentes, essa efeméride é comemorada para referenciar o sagrado, dar graças pela abundância da colheita e exultar a vida, em outras palavras: celebrar o terreno e o divino como extensão um do outro na sua expressão mais elevada.
Nos tempos lendários os povos pagãos celebravam as datas em homenagem às deusas mãe, como força criadora, geratriz do universo. Daí a afirmação antiga de que “Tudo vem da deusa e tudo para ela retorna”.
Segundo os povos sumérios, Namu, a deusa das águas primordiais, era tida como a Mãe que deu origem ao céu e a terra, a mãe primordial que deu à luz aos deuses e deusas e ao universo, querendo isto significar que a criação teve origem e efetividade no divino feminino.
Na tradição dos povos primitivos, o termo deusa mãe refere-se ao mito universal da divindade feminina relacionada à Natureza e seu culto remonta ao início da história humana. Neste sentido, a deusa Gáia, a terra, representava a fertilidade do solo nos ciclos anuais, para generosamente alimentar e cuidar de seus filhos do nascimento ao fim da vida.
Na Grécia, tal como existia na suméria, a deusa mãe era Rea, a magna mater ou magna Dea, tendo na Roma antiga a sua equivalente chamada de Cibele, a qual era detentora dos mesmos atributos atribuídos às deusas mãe.
Segundo os estudiosos da história, o culto a essas deidades femininas tinham origem no matriarcado neolítico prendo-europeu, que, aos poucos, foram cedendo lugar ao patriarcado. Há de ser notado, no entanto, que apesar dessa inversão de poder, as raízes primitivas dessa natureza nunca desapareceram de todo, elas continuam a ser identificadas na memória de todos os povos.
É o que se constata nas escrituras sagradas, na parte reconhecida por judeus, mulçumanos e cristãos, que a exemplo das deusas pagãs, a figura da mulher mãe é reconhecida e dignificada como a matriz geradora, ela é aquela que se dispõe a trazer á vida uma nova criatura.
No livro da gênese, diz o escritor sagrado que, após criar a terra e ordenar toda a natureza, Deus disse em sua ultima tarefa: façamos o homem à nossa imagem, segundo a nossa semelhança e ao contemplar sua obra viu que tudo o que havia feito era bom. Mas na sua sabedoria infinita percebeu que não era bom o homem estar sozinho. Assim, tomou do corpo do homem parte de sua carne e de seus ossos e criou a mulher para que dele fosse a sua eterna parceira.
De acordo com Campbell, “Ao criar, Jeová cria o homem a partir da terra [da Deusa], do barro, e sopra vida no corpo já formado. Ele próprio não está ali, presente, nessa forma, mas a Deusa está ali dentro, assim como continua aqui fora.”, querendo isto significar que o corpo de cada um é feito do corpo dela.
Em acréscimo a esse entendimento, as Sagradas escrituras nas suas entrelinhas, afirmam que ao homem foi dada a posse das ervas e das sementes e o domínio sobre os animais viventes na superfície da terra, mas foi à mulher que Deus confiou o poder de conceber outro ser. A esse respeito, vale citar um antigo aforismo judaico que diz: “Deus não podendo estar em todos os lugares por isso fez as mães”.
A religiosidade baseada no mito da grande mãe universal perdurou até o século IV, a partir de então ficou submerso nas crenças locais remanescentes na tradição oculta.
Com o advento e consolidação do cristianismo, os atributos da grande mãe, foram transferidos para Maria Santíssima mãe de Jesus filho de Deus. Para os cristãos, notadamente para os que seguem a religião católica, Maria, representa o modelo ideal de amor, perdão e compaixão pela humanidade. É através de Jesus, filho de Maria, que se reestabeleceu a ligação entre o céu e a terra.
A partir das cruzadas, com grande ênfase na Idade Média, o culto a Maria teve a sua divulgação por meio da figura cristianizada das madonas negras, representando a face terna do amor maternal. São conhecidas ainda hoje, entre outras, a Virgem de Czestochowska, a Virgem Negra da Áustria, de Montserrat., de Aparecida e de Guadalupe, quase todas centros de romarias, para onde convergem os fiéis a procura da mãe protetora dos aflitos capaz de conhecer as esperanças e sofrimentos humanos e por eles interceder.
Como se percebe, o culto às mães traz em si um apelo muito forte não percebido por nenhuma outra efeméride, somente superado pelas datas consagradas a Jesus. Mas em que pesem todas essas referências, a celebração em honra às mães, como a conhecemos, surgiu na Inglaterra, no século XVII, no quarto domingo da quaresma, com o nome de “Mothering Day”. Na referida data os jovens ofereciam doces e presentes às suas mães.
Naquela ocasião, era também comemorado o “Domingo de Servir a mãe”, que consistia na autorização para que os empregados de castelo regressassem às suas aldeias para visitarem as suas mães.
A primeira sugestão de fato para a criação de um dia específico para reverenciar as mães foi feito na América, por questões humanitárias. Julia Ward Howe e algumas mulheres se uniram pela paz e contra a crueldade da guerra de Secessão americana, iniciativa que não obteve o sucesso esperado, vindo a se concretizar somente mais tarde, em 1904, firmado na intenção de Ana Jarvis de homenagear a sua genitora.
A campanha iniciada por Ana Jarvis foi um sucesso e, como resultado, em 1911 o dia das mães era celebrado em quase todos os estados americanos, levando o Presidente Woodrow Wilson a 9 de maio de 1914 a oficializar o 2º domingo de maio de cada ano como o Dia das Mães.
No Brasil essa principiou em 12 de maio de 1918, no Rio Grande do Sul, por iniciativa de Eula K. Long, na Associação de Moços de Porto Alegre. Assim como nos Estados Unidos, a ampliação da ideia para outros estados brasileiros levou o Presidente Getúlio Vargas a oficializar o 5 de maio de 1932, como Dia das Mães (Decreto Provisório 21.366), data posteriormente mudada para o 2° domingo de maio.
Passaram-se os tempos, mudaram-se os hábitos, cresceu o apelo comercial, porém o culto às mães continua forte e merecido, sendo a data comemorada em todas as nações civilizadas. A razão disto é que essa criatura que existe na imensidão de seu amor, tem em si um pouco de Deus e muito dos anjos, não importando que , sejam elas mães meninas precocemente envelhecidas, sejam mães pela maternidade ou mães, que não tendo constituído lar, optaram por serem mães na solidariedade humana, entregando-se altruisticamente à causa que escolheram.
Um autor anônimo afirma que nada mais contraditório do que ser mulher, que pensa com o coração, age pela emoção e vence pelo amor. A mãe hospeda no ventre outras almas, dá a luz e depois fica cega, diante da beleza dos filhos que gerou. Ela dá as asas, ensina a voar, mas não quer vê-los partir, mesmo sabendo que eles não lhe pertencem.
Os chineses na sua sabedoria milenar proclamam que “cem homens podem formar um acampamento, mas é preciso uma mulher para formar um lar”.
Mas o que é de fato ser mãe? Muitos tentam inutilmente definir essa condição.
Segundo Al-Asbahani, mãe é aquela que ama o pequeno até que cresça; ao enfermo, até que cure e ao ausente, até que volte, porque assim é a sua natureza.
Para Coelho Neto, no seu pensar poético, ser mãe é desdobrar fibra por fibra o coração, é andar chorando num sorriso, é ter um mundo e não ter nada é padecer num paraíso!
Como visto, por mais que se procure um ponto de definição, textualizando claramente o que é ser mãe, parece inútil a tentativa, pois mãe é uma qualidade única, ela não se exprime por meio de palavras, vive-se. Mãe é o ato de doar-se por inteiro e doação é a mais completa forma de amor.
“Somente uma coisa no mundo é melhor e mais bela do que a mulher: a mulher que é mãe.” (E. Schefer).
De fato, a mulher que assumiu a maternidade exibe no seu semblante a disposição de assumir os seus desafios sem receio do que há de vir, guardando para si um aspecto esquecido por todos, o amor, força sublime que a alimenta e sustenta no efetivo exercício da maternidade.
Os pensadores gregos definiam amor em três níveis de entendimento: pelo prazer, pela utilidade e pela virtude (Eros, philia e ágape), o amor maternal abrange todos esses estágios, pois enquanto a mãe embala o berço também forma o caráter.
Conta uma lenda narrada por um autor desconhecido que: “uma criança pronta para nascer perguntou a Deus: Dizem que estarei sendo enviado amanhã... Como vou viver lá sendo assim pequeno e indefeso? E Deus disse: - entre muitos anjos escolhi um especial para você. Ele estará lá para tomar conta de você.
E a criança insiste:
- Mas diga-me: - aqui no céu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei por acaso feliz lá?
Deus: - seu anjo cantará e sorrirá para você... a cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz.
Criança: - como poderei entender quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas falam?
Deus: - com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar.
Criança: - e o que farei quando eu quiser Te falar?
Deus: - seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar.
Criança: - eu ouvi que na terra há homens maus. Quem me protegerá?
Deus: - seu anjo lhe defenderá mesmo que signifique arriscar sua própria vida.
Criança: - mas eu serei sempre triste porque eu não te verei mais.
Deus: seu anjo sempre lhe falará sobre mim, lhe ensinará a maneira de vir a mim, e eu estarei sempre dentro de ti.
Nesse instante havia muita paz no céu, mas as vozes da terra já podiam ser ouvidas e a criança apressada pediu suavemente:
- Oh meu Deus, se eu estiver a ponto de ir agora, diga-me, por favor, o nome de meu anjo.
E Deus respondeu: - você chamará o seu anjo de mãe!
Parabéns, Mães, passadas, presentes e futuras;
Mães por geração, mães pelo coração e pelo espírito, generosas e abnegadas, que buscam como recompensa apenas a felicidade dos que ama. Mães, todas elas heroínas, que, indiferente de tudo o quanto possa ser dito, são para os seus filhos simplesmente mães.
Parabéns Mães, Mães bonitas!
Brasília, maio/2010

Ladislau Rodrigues de Azevedo – 33º GLMDF
Fonte: http://grainsplitdf.info/index.php?option=com_content&task=view&id=68&Itemid=143