O que lamentamos profundamente é que
o “mundo exterior” não reflita a Maçonaria. A Humanidade seria mais justa e
feliz.
Como se constata não há diferenças
entre os tipos de profanos e os possíveis tipos de Maçons. E porque deveria haver?
Como em todas as Organizações,
podemos afirmar que também na Maçonaria não somos todos iguais.
Existem, informalmente, diversos
tipos de maçons que se caracterizam pelos seus comportamentos. De conformidade
com as suas maneiras de se comportarem em relação à Instituição, o vamos
evidenciar.
A massa é a mesma, portanto a
Maçonaria só pode refletir o mundo exterior, desejavelmente para muito melhor.
A imagem propagada no país e no
mundo, é que o maçom é uma pessoa grave de gestos solenes, conversa transcendental
e meio maligno. Velhinhos de terno e gravata, sérios - incapazes de fazer alguma
coisa.
Um tópico pouco frequente de se
encontrar na Literatura Maçônica o constitui, que o acompanha não só nos
alegres Ágapes da Ordem, mas também nas cerimônias solenes que inesperadamente
se veem assaltadas por uma anotação jocosa.
Alguns maçons praticam todas as
formas de arte, desde o inocente comentário festivo, até o vicioso e cruel
humor negro, passando pelo fino e duplo sentido e humor irreverente, para não
mencionar o temido sarcasmo. Tudo é comemorado com boa disposição de ânimo e
dentro de um arraigado espírito de tolerância e fraternidade.
O paradoxo do caso, é que os Maçons,
com todo o formal pelo que se lhes toma, e imersos em uma associação que conta
com uma grande quantidade de solenidades, são capazes de fazer o seu trabalho a
sério, enquanto vê o lado mais frívolo, permanentemente brincando sobre si, ou
sobre o que estão fazendo.
Parece que fosse uma questão
simples. No entanto, não é. Na Maçonaria não segue tendências, e isso acontece
algo de semelhante no que diz respeito às anedotas provenientes de distantes
contextos culturais.
O que divide os Maçons tem muito
mais a ver com os graves problemas do dia a dia.
Qualquer dúvida de que os maçons
estão muito criativos. As definições são reais, cujos personagens continuam na
Ordem.
Esta é uma pequena lista de
definições de Maçons, anotando que em alguma dessas devemos estar incluídos:
O SUPER MAÇOM - Este é o que conhecemos,
geralmente, como um figurão. Como sempre, amável e educado. Na vida profana
ocupa posições de relevo; talvez por isso não tenha tempo nem se sinta obrigado
a frequentar os nossos trabalhos. A Tesouraria quase sempre está em
dificuldades com ele; entretanto, sempre tem os seus defensores devido à
posição de destaque que ocupa no mundo profano.
O MAÇOM SATÉLITE - Também não é amigo da frequência,
mas é prestimoso, amável, contribui sempre e generosamente quando solicitado.
Não emite opiniões, não vive a vida da Loja, não procura criar casos.
Embora prime pela ausência, os Responsáveis
nunca estão dispostos a enquadrá-lo porque no fim das contas é um bom sujeito,
sempre disposto a colaborar, sempre pronto a ajudar um Irmão.
O MAÇOM ENCOSTO - Também conhecido como irmão
coitado, é carinhoso, chegado, gosta de se fazer de vítima, para ter apoio ou
conseguir favores, que às vezes nem necessitaria realmente, aluga a Loja, mas
na hora em que se precisa do retorno, ainda não retornou.
O MAÇOM ‘NÃO SEI PORQUE’ - ‘Não sei porque ele ainda é
maçom; nem você, e talvez nem ele saiba’. Não comparece; não colabora; dá
trabalho ao Tesoureiro; critica o que se faz e o que deixou de ser feito;
ninguém sabe por que ele entrou e como conseguiu galgar os diversos graus;
porque ali permanece e porque demoram em eliminá-lo.
O MAÇOM ‘PASTOR’ - É aquele que se acha a última
reencarnação de Crística, quando começa a falar não pára mais, deveria fundar
uma seita e não pertencer à Maçonaria; não aceita contradições, ‘conhece tudo’,
‘sabe tudo’ ou já ‘viveu isso’, quer que os irmãos pensem que existem duas
maçonarias, antes e depois de sua iniciação, fala pelos cotovelos e não diz
nada, poderia ser chamado de Maçom Enche Saco!
O MAÇOM DA SEGUNDA-FEIRA - Também poderia ser chamado de
Maçom Estandarte. Comparece pontualmente a todas as reuniões. Maçonaria para
ele se resume nisso: fica no seu lugar, não quer encargos, comissões, enfim não
quer trabalhar. Não apresenta propostas; não entra em debates, discussões;
nunca apresenta trabalho de cunho maçônico. Participa das votações porque é
obrigado. O único serviço que presta à Loja é ser pontual com a tesouraria e
dar boa referência às reuniões.
O MAÇOM CIFRÃO - Também conhecido como Maçom
Comercial, é aquele que está na Maçonaria apenas para vender o seu peixe, os
irmãos não passam de clientes, comparece pontualmente à tesouraria para mostrar
que está bem, não conhece nada de maçonaria, não lê nada, não faz nada que não
venha a render alguma medalha cunhada.
O MAÇOM BUFÃO - É aquele que não leva ninguém
a sério, muito menos a Maçonaria, é alegre, de conhecimento profundo, só
piadas, seria um excelente irmão se vivêssemos apenas de ágapes.
O MAÇOM P.’.A.’.D.’.U.’. - Por ser intempestivo,
arrogante, vaidoso e com um ego hipertrofiado, ao ponto de não reconhecer seus
próprios erros. Este com toda sua soberbia se acha: O Poderoso Arquiteto Do
Universo.
O MAÇOM COMUM - São a maioria, é aquele Maçom
que comparece, ajuda, estuda, realiza na vida profana e familiar, está sempre à
disposição quando solicitado, não se envolve em confusões, nem as cria, é o
verdadeiro obreiro, um ótimo espelho para os outros.
O MAÇOM DEDICADO - Finalmente o Maçom com ‘M’
maiúsculo, sem subtítulos. Comparece às reuniões, vive os problemas da Loja,
procura trabalho. Não rejeita encargos nem tarefas, aponta erros, aplaude
êxitos. Assume responsabilidades, faz filantropia, sem segundas intenções. Não
procura impor as suas opiniões. Muitas vezes se aborrece se desilude, mas, na
próxima sessão, lá está de novo incansável.
‘É o que carrega a Loja às costas’.
Procura estudar os rituais, o simbolismo, a filosofia maçônica. Não vive para
exaltar os seus feitos para chamar atenção, nem a criticar os outros. O que
seria da Loja e da Maçonaria se não existisse esta consciência?
O MAÇOM DONO DA BOLA - Donos da Loja ou Cardeais.
Onde antiguidade é cargo. Geralmente ocupam cargos temporariamente ou
ex-veneráveis forçados, não conseguem deixar o cargo e não larga o pé do atual
Venerável Mestre, e quando possível fazem questão de dizer que na sua gestão
era assim ou assado.
Melhores que eles para dirigirem a
Loja, ninguém. Acham-se donos da Loja, não admitem que se faça nada sem sua
autorização ou consulta, e se isso acontecer, ficam contra o projeto. Irmãos de
verdade para eles, somente aqueles que os apoiam.
Mas é bom que se frise que a maioria dos
ex-veneráveis não se enquadram nesta descrição. Existem ainda muitos bons
maçons na Ordem. Felizmente a maioria. São Irmãos excelentes, preparados,
humildes, sabem qual é o seu lugar dentro de uma loja, bons conselheiros,
conhecem o peso de um malhete, porque já o manejaram quando foram veneráveis.
Aprenderam mais ouvir que falar.
A Maçonaria valoriza a Dialética, que é a arte
do diálogo, ou a discussão, como força de argumentação permite que se
contrariem ideias, que elas sejam discutidas em todos os sentidos e que dessa
situação nasça uma ideia concreta, inteligente, e perfeita, uma verdadeira
síntese de tudo o que foi tratado, desde que venha em favor da Ordem e da
humanidade. Ela prega a igualdade e a liberdade de pensamento entre seus
adeptos.
Esta situação de dono de loja é uma das causas
maiores do afastamento de muitos honrados irmãos da Ordem. Se um irmão, sem
medo, com coragem falar em nome da democracia e dos verdadeiros princípios da
Ordem, e isto ferir os desígnios destes déspotas, este será marcado, perseguido
e descriminado.
Considerando-se que temos cerca de seis ou
sete mil lojas no Brasil, imagine-se o número de Irmãos que agem desta forma,
considerando-se que a natureza humana é complexa e estranha, que muitos homens
possuem a síndrome do poder em função de seu DNA animalesco onde um quer ser o
dominante sobre o outro, ou sobre os outros. Geralmente estas pessoas são
inseguras, não são felizes, não estão de bem com a vida e esta forma de querer
exercer um suposto poder sobre os outros é sua maneira de tentar equilibrar
seus próprios defeitos.
A síndrome do poder também chamada de síndrome
do pequeno poder é uma atitude de autoritarismo por parte de um indivíduo que
recebeu um poder e tenta usá-lo de forma absoluta e imperativa sem se preocupar
com os problemas dicotomizados que possam vir a ocasionar. A síndrome do
pequeno poder pode se tornar uma patologia, quando se torna crônica. Existem
aqueles Irmãos que mesmo longe do poder pensam que o possui. Quando a realidade
lhe é mostrada, entram em depressão.
Mas a Maçonaria prega justamente o contrário.
Ela é democrática. Quando se fala em vencer as paixões significa que o maçom
deve fazer prevalecer em seu consciente racional sobre as programações erradas
de seu subconsciente, ou seja, sobre a parte ruim que o ser humano tem dentro
de si. Segundo São Francisco de Assis, é o “burro” ou a “besta” que o ser
humano carrega dentro de sua consciência. Uma das condições mais exigidas pelos
princípios maçônicos é justamente você fazer prevalecer seu lado bom, vencendo
o seu lado mau.
A condição para um irmão ser venerável
em primeiro lugar é que ele tenha merecimentos pessoais e que tenha um
conhecimento profundo da ciência maçônica em todos os seus segmentos, tais como
história da Ordem, ritualística, simbologia, administração, legislação e
justiça sendo tudo isso associado à sua capacidade de liderança.
Evidentemente a Maçonaria terá que renovar
seus líderes, para que novas ideias, novos postulados, novos rumos e até novos
paradigmas sejam estudados, adotados e postos em ação.
Todavia correrá o famoso risco: VOCÊ QUER
CONHECER UM MAÇOM? DÊ-LHE PODER.
Mais uma listinha de definições de
Maçons, em alguma dessas devemos estar incluídos:
Fonte: http://www.obreirosdeiraja.com.br/os-diferentes-tipos-de-macons-2/
JOSÉ ARAGUAÇU - Mestre Maçom da ARLS ESTRELA DO XINGU Nº. 69 - Grande Loja do Estado do Pará.