Ser reconhecido
Maçom podemos até por um simples PIM na lapela. Por isso nossa preocupação deve
ser: Que qualidade de Maçom sou reconhecido? Um Maçom de ouro ou um Maçom
apenas dourado (ou nem isso…)?
Maçons existem que
se acomodam, julgando que, atingindo o grau de Mestre estão na plenitude
maçônica. Na verdade, considerando a Maçonaria Simbólica é o último grau.
Porém, não se pode dizer com isso que sejam ‘justos e perfeitos’, vez que o
desbaste da pedra bruta somente termina com a nossa ida para o Oriente Eterno.
Assim sendo, triste do Maçom que aposenta seu Maço e seu Cinzel. Porque a
construção de nosso Templo interior só termina com o final de nossa vida
material. E não é suficiente somente esquadrejarmos a Pedra Bruta. Necessário
se faz também deixá-la bem polida.
Diz o LL que fomos
criados à imagem do G:.A:.D:.U:. (Gên. 1,26); porém a semelhança precisa ser
conquistada. O desbaste da nossa pedra bruta, poderá resultar numa ‘obra de
arte’ ou num ‘monstrengo’. Se o monstrengo for o resultado final, o Criador nos
irá arguir: “É isto que me apresenta no final de sua caminhada?”.
Nossa
responsabilidade vai além do próprio desbaste. Precisamos ajudar os Irmãos na
caminhada, não só com nosso bom exemplo, como alertando os acomodados para um
melhor desempenho maçônico.
Não basta ser
reconhecido Maçom. É preciso também ser reconhecido como MISSIONÁRIO, como
autêntico CONSTRUTOR SOCIAL.
As duas horas
templárias são importantíssimas para recarregarmos nossas baterias. Assim, não
devemos faltar às reuniões da nossa Loja. Até como desculpa, alguns dizem que
já fazem maçonaria, fora do templo. Ótimo. Isso é um dever de todo bom maçom.
Mas não o isenta do comparecimento às Reuniões.
Alguns dizem que
não vão à Loja, porque as reuniões são da mesmice. Ora, se a Loja entrou numa
mesmice a culpa é de todos e de cada um. Use-se então a Bolsa de Propostas e
Informações, não para criticar mas para sugerir melhoras. O bom Maçom participa
de tudo de sua Loja, de suas decisões, de seus projetos. O bom Maçom não se
distancia de seus Irmãos; a prática da fraternidade se faz com o bom convívio
(Salmo 133).
Quando falo aos
Aprendizes costumo perguntar ‘quem é o responsável pela Loja’ e a maioria deles
dizem ser o Venerável Mestre. Apontando para ele(s) afirmo: O responsável é
você. Somos todos nós.
Talvez muitos
Mestres não digam que a responsabilidade da Loja seja do Venerável, mas pensam
e agem como se assim o fossem. Por isso não acham grave faltar às Reuniões,
motivo porque algumas Lojas têm até abatido colunas.
Seria bom que cada
um contemplasse o ‘OLHO QUE TUDO VÊ’, a onisciência divina, e refletisse: “Como
me vê o G:.A:.D:.U:.? Um maçom responsável, presente, participativo, fraterno,
preocupado com o bom desempenho da Maçonaria?”
O progresso na
maçonaria também se consegue pelo estudo, pela pesquisa, pela apresentação de
Peças de Arquitetura. Quem assim faz aprende sempre mais e enriquecem também os
outros com seus conhecimentos partilhados. (“A luz que tu levas para alguém,
vai iluminar-te também”). Não faz sentido Mestre que não ensina.
JOSÉ ARAGUAÇU – Mestre Maçom da ARLS
Estrela do Xingu 69 – Grande Loja Maçônica do Estado do Pará.