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terça-feira, 20 de novembro de 2012

A ESCOLHA DO VENERÁVEL MESTRE


Hoje (20/11/2012) a Augusta e Respeitável Loja Simbólica Juscelino Kubitschek nº. 15, jurisdicionada à Grande Loja Maçônica do Distrito Federal se reunirá para escolha do seu Venerável Mestre. Caberá ao VM eleito administrar os destinos da nossa loja pelos próximos 12 meses.
Mutatis mutandis, paralelamente, os jurisdicionados da Grande Loja do Distrito Federal se preparam para escolher o seu Grão-Mestre, que terá a excelsa missão de conduzir nossa Potência Maçônica no período 2012/2015.
Os escrutínios que se avizinham se arrimam nas emanações da Lei mais antiga da maçonaria, os Landmarks, compilados por ALBERT GALLETIN MACKEY:  “O Governo da Fraternidade por um Oficial que é seu presidente, denominado Grão-Mestre, eleito pelo povo maçônico, é o quarto Landmark da Ordem Maçônica”; "O governo da Fraternidade quando congregada em Loja, por um Venerável e dois Vigilantes é um outro Landmark".
Nesse contexto, lanço mão do pensamento iluminado do Irmão Doracino Naves que brilhantemente sintetizou a importância do veneralato e as qualidades que devem possuir os postulantes a dirigente de uma Loja Maçônica e de uma Grande Loja.
De todas as funções e cargos de uma loja maçônica a mais difícil é a do Venerável Mestre. As dificuldades são naturais para quem ocupa uma função de líder. Por ser o primeiro dos três principais Oficiais da Loja ele encaminha os seus Obreiros nos fundamentos da maçonaria. A ideia da criação desse cargo foi a de escolher, entre os mestres, um Oficial para representar o ideal maçônico. Isso começou, em 1717, com a codificação das primeiras regras maçônicas.
Em todas as Obediências do mundo o Venerável é o mestre principal. Esta autoridade, conforme explicitado acima, vem da Lei mais antiga da maçonaria, os Landmarks, de ALBERT GALLETIN MACKEY,  que usa a expressão “O Governo da Fraternidade”.  A palavra governo, nesses casos, significa chefia, comando, liderança. Já a Constituição de Anderson, outro documento importante da instituição, diz que um dos critérios para a escolha do Venerável Mestre é o seu mérito pessoal. Mérito vem de merecer, de merecimento e, na maçonaria, é o valor pessoal do maçom para desempenhar este cargo.
Outras virtudes necessárias para ser VM: talento e a habilidade para lidar com as diferenças de quem busca a espiritualidade iniciática da maçonaria. Aliás, a iniciação é uma cerimônia que realça a luz espiritual do iniciado. E essa motivação depende, em grande parte, do Venerável Mestre. A outra parte é feita pelo Iniciado. Mas o esforço pessoal do maçom, amparado pelos Mestres da Loja, dá força para ele vencer as etapas seguintes à iniciação e permanecer firme no ideal. Essa atenção do Venerável Mestre é fundamental para que o maçom não se desvie do rumo da sua Iniciação. O Mestre da Loja deve encontrar um jeito para tratar, individualmente, irmãos de diferentes culturas que ingressam na maçonaria.
É no ambiente da Loja que se desenvolve o pensamento do maçom. Depois de interpretar a filosofia maçônica é que ela deve se estender para fora da Loja. Antes, porém, ela deve ser desenvolvida e assimilada pelos Obreiros. Para alcançar este estágio o Venerável Mestre planeja as instruções necessárias para incentivar a pesquisa e, assim, retirar o melhor dos Obreiros. Afinal, o Venerável é o Mestre da Loja e todos os temas são agendados por ele. Mas, é também ele quem aconselha e está sempre pronto para ajudar o irmão nas suas dificuldades diárias. Fazendo assim, com sinceridade em suas ações, o Venerável estabelece uma ligação mais próxima com o seu Obreiro. Este cuidado gera crescimento e também contagia os obreiros pelo exemplo que ele dá. As ações administrativas e litúrgicas também capacitam o Obreiro para que ele seja, a cada dia, melhor maçom: um pai cuidadoso e amigo; um filho amoroso; um esposo respeitador; um profissional íntegro e um irmão atencioso e solidário com o outro. A iniciativa destas atitudes é do Venerável Mestre e não pode ser transferida a outro Oficial.
Finalmente, é o Venerável Mestre quem comanda a Loja maçônica e, por isso, é o primeiro a se apresentar para o trabalho. Resta, ainda, destacar que o sucesso ou não de uma administração de Loja depende muito do Venerável Mestre. Porque é ele quem faz as escolhas necessárias para o trabalho da Loja. Ele tem autoridade para mudar o que for preciso para ser bem sucedido.
Essa força pode ser comparada a de Moisés que guiou o povo Hebreu pelo deserto. Colunas de fogo e nuvem guiaram o povo de Deus à Canaã. E, no plano da Loja, o Venerável Mestre dirige os maçons para alcançarem, juntos com ele, a meta principal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade. A missão do VM é difícil, sem dúvida, mas pode revelar o outro lado do símbolo: o de apreender, fazendo o bem!
Pensem! Reflitam! Votem!

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