A ideia
da fundação de uma Loja, em Belém, foi de Domingos Simões da Cunha, sob os
auspícios do presidente da Província coronel José Felix Pereira Burgos, Barão
de Itapicuru-Mirim, português de origem, que a governava pela segunda vez:
(28/5/1825 a 14/4/1828) e (14/7/1830 a 19/7/1831).
Com
o nome de Tolerância, ela foi instalada no dia 22 de janeiro de 1831, na casa
do almoxarife dos Armazéns da Marinha Gaspar Corrêa de Vasconcellos, sita no Largo
dos Quartéis.
Instalada, em Belém, no antigo “Largo do
Quartel” (depois Praça
Saldanha Marinho, hoje Praça da
Bandeira), a primeira Loja Maçônica do Pará, denominada de “Tolerância”. O
instalador foi o Barão de Itapecuru-Mirim (José Felix Pereira de Burgos). Esta
loja foi destruída pelos cabanos quando da tomada da capital (07 de janeiro de
1835).
A Revolução
Constitucionalista de Portugal, do ano de 1820, previu que as antigas
capitanias brasileiras deveriam mandar representantes às Cortes. Em 1821, no
Pará, foram eleitos o maçom, estudante de Direito em Coimbra e oficial da
Marinha Felipe Alberto Patroni Martins Maciel Parente e o alferes de milícias
Domingos Simões da Cunha, que também seria iniciado, enquanto o Rio Negro
indicava João Lopes da Cunha e José Cavalcante de Albuquerque.
Foram filiados nessa Loja:
¶
Coronel José de Araujo Rozo- Caramuru - Primeiro Presidente da
Província do Grão-Pará (2/5/1824 a 28/5/1825).
¶
Marcelino José Cardoso – Caramuru. Médico e Presidente interino
da Província entre 7/8/1831 e 27/2/1832, após a deposição do Presidente
filantrópico Bernardo José da Gama, visconde de Goiana.
¶
Tenente-Coronel José Joaquim Machado de Oliveira – Presidente da
Província de 27/2/1832 a 4/12/1833. Também tinha tendências liberais, e
indiciou 49 implicados na deposição do Presidente anterior, muitos dos quais
foram deportados para Portugal. Anistiou Batista Campos e mandou desarmar a
guarda de Marcos Martins, organizando em seu lugar a Guarda Imperial, entregue
ao “exaltado” tenente Germano Máximo de Souza Aranha, pacificador de Santarém,
em 1831, quando aquela cidade se manifestou contrária à Abdicação. Em abril de
1833 enfrentou a denominada Rebelião de Jales, considerada como a última
tentativa portuguesa de permanência no Brasil.
¶
Bernardo Lobo de Souza – Presidente da Província de 4/12/1833 a
7/1/1835. Logo entrou em choque com o padre Batista Campos, a maior figura
política da Província e que sucumbiu no início da Cabanagem.
¶
Coronel Henrique Ambrósio da Silva Pombo, Barão do Jaguari, Caramuru.
¶
Coronel Manoel Sebastião de Mello Marinho Falcão, comandante dos
Guardas Nacionais do município de Belém. Morto no início da Cabanagem. Membro
da câmara municipal. Filantrópico.
¶
Coronel João Henriques de Matos, comandante do Corpo de
Artilharia.
¶
Capitão de Mar e Guerra José Joaquim da Silva, foi membro do
Conselho Provincial.
¶
Capitão de Mar e Guerra Guilherme Cypriano Ribeiro, intendente
da Marinha.
¶
Tenente-Coronel Antonio Corrêa Seara.
¶
Major José Batista da Silva, o Camecran, membro da câmara
municipal, do Conselho Presidencial, filho do bispo Manuel Caetano Brandão.
¶
Capitão de Artilharia Antonio Bernal do Couto, comandante da
bateria do Castelo.
¶
Capitão Raimundo Veríssimo Nina secretário do comando de Armas.
Capitão Domiciano
Ernesto Dias Cardoso. Caramuru. Morto pelos cabanos, durante a invasão do
Palácio.
¶
Antonio de Lacerda Chermont, Barão e visconde do Arari.
¶
Antonio Manoel de Souza Trovão, membro da câmara municipal e do
Conselho Presidencial. Filantrópico.
¶
Pedro José de Alcântara.
¶
Antonio Feliciano da Cunha e Oliveira, advogado.
¶
Marcelino José Cardoso, médico formado em Coimbra, em 1825,
membro do Conselho da Presidência.
¶
Padre Silvestre Antunes Pereira da Serra, cônego da Catedral.
¶
Padre Gaspar de Siqueira e Queiroz, cônego, filantrópico, inicialmente
amigo de Baptista Campos, deportado para Marabitanas, em agosto de 1831. Tornou-se
depois seu feroz inimigo, redigindo o jornal Correio Oficial Paraense, que
apoiava Lobo de Souza.
¶
Padre José Lourenço de Souza.
¶
Manoel Rodrigues de Almeida Pinto, funcionário público.
¶
João Baptista de Figueiredo Tenreiro Aranha, funcionário
público, futuro 1º Presidente da Província do Amazonas.
¶
Marco Antonio Rodrigues Martins, o Mundurucu Pai Quicé, membro
da câmara municipal.
¶
Diogo Vaz da Moya.
¶
Manoel Evaristo da Silva e Souza.
¶
Domingos Simões da Cunha.
¶
João Antonio Corrêa Bulhão, proprietário.
¶
João Gama Lobo de Anvers, proprietário.
¶
Manoel Vicente de Carvalho Pena, proprietário.
¶
Bento Garcia Galvão D’Haro Farinha, proprietário.
¶
Vicente Antonio de Miranda, proprietário.
¶
Antonio José de Miranda, proprietário.
¶
José Soares de Azevedo.
¶
José Ribeiro Guimarães.
¶
João Manoel Rodrigues Martins.
¶
Teodósio da Silva Neves, comerciante.
¶
José Paes de Souza, comerciante.
¶
Manoel Gomes Pinto, comerciante.
¶
Honório José dos Santos.
¶
José Joaquim Rodrigues Martins, proprietário.
¶
Manoel Emílio Pereira Guimarães, proprietário.
¶
João Antonio de Souza Azevedo Quebra, proprietário.
¶
João Henrique da Silva Lavareda, comerciante e outros.
JOSÉ ARAGUAÇU – M.`. M.`. – ARLS Estrela do Xingu nº.
69.
Nenhum comentário:
Postar um comentário