É fato histórico que a Ordem
Maçônica em muito contribuiu para a efetiva emancipação político-social do
Brasil. Nós, maçons, devemos sempre prestar homenagens aos nossos irmãos
responsáveis pelas ideias e ideais que lançaram os raios da Luz da Verdade por
sobre nossa Nação, elevando nosso País à qualidade soberano perante as demais
nações do globo terrestre. Existe entre nós um laço sagrado, um sentimento da
união fraternal. Este sentimento nos move e nos une a cada Reunião que
realizamos e nos faz permanecer uníssono num só sentimento de fraternidade,
verdadeiro imorredouro abraço. Homens de bons propósitos, perseguindo
incansavelmente, a perfeição. Homens preocupados em ser, em transcender, num
preito a espiritualidade e a crença no que é bom e no que é justo. Pregamos o
dever e o trabalho. Dedicamo-nos à família acima de tudo, célula mater da
sociedade e, por conseguinte, da nossa pátria e da humanidade. Dedicamo-nos ao
bem estar da sociedade, pois temos por finalidade precípua ver feliz a
humanidade: pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela
igualdade, pela solidariedade e pelo respeito à autoridade e à crença de cada
um. Somos incansáveis na defesa da pátria. Rendemos culto a Deus, a quem chamamos,
em respeito a todas as religiões, de Grande Arquiteto do Universo. Em todo o
mundo as sociedades maçônicas sempre se organizaram para beneficiar sua nação e
seu povo e no Brasil não poderia ser diferente. No início do século XVIII, com
o desenvolvimento econômico e intelectual da colônia, alguns grupos pensaram na
independência política do Brasil, de forma que os brasileiros pudessem decidir
sobre seu próprio destino. Ocorreram, então, a Inconfidência Mineira (1789) que
marcou a história pela têmpera de seus seguidores; depois a Conjuração Baiana
(1798) e a Revolução Pernambucana (1817), todas elas duramente reprimidas pelas
autoridades portuguesas. Em todos estes movimentos a Maçonaria se fez presente
através das Lojas Maçônicas e Sociedades Secretas já existentes. Embora tenha,
a Maçonaria brasileira, se iniciado em 1787, com a Loja Cavaleiros da Luz,
criada na povoação da Barra, em Salvador, Bahia, só em 1822, quando a campanha
pela independência do Brasil se tornava mais intensa, é que iria ser criada sua
primeira Potência, com jurisdição nacional, exatamente com a incumbência do
levar a cabo o processo de emancipação do país. Nessa época, funcionava no Rio
de Janeiro, a Loja Maçônica “Comércio e Artes”, da qual eram membros vários
homens ilustres da corte como o Cônego Januário da Cunha Barbosa, Joaquim
Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira entre outros. O Brigadeiro Domingos
Alves Branco Muniz Barreto, em uma Sessão da Loja “Comércio e Artes”, propôs
que se conferisse ao Príncipe D. Pedro I, o título de “Protetor e Defensor
Perpétuo do Brasil”. D. Pedro aceitou o título, propondo apenas a supressão do
termo “Protetor”. Os maçons, habilmente, arquitetaram o desenrolar do 7 de
setembro de 1822, lançando a ideia da convocação de uma Constituinte. Gonçalves
Ledo e Januário Barbosa redigiram o projeto e, no dia 3 de junho, foi publicado
o Decreto convocando a Assembleia Geral Constituinte e Legislativa. A proposta
de admissão do Príncipe na Ordem, a 13 de julho de 1822, foi aprovada e a 2 de
agosto, D. Pedro era iniciado na Loja “Comércio e Artes”, recebendo o nome de
“Guatimozim”. Na tarde de 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, D.
Pedro atendeu às recomendações da Maçonaria e o grito, “Independência ou Morte”
segundo Adelino de Figueiredo Lima, era a denominação de uma das “palestras” da
sociedade secreta “Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz”, fundada por José
Bonifácio. Hoje a nossa luta não é mais pela independência da nossa Nação.
Hoje, estamos unidos na defesa intransigente da ética e da moral, propugnando
sempre pelo engrandecimento moral de nosso País. Estamos sempre envolvidos em
movimentos que priorizem, notadamente, as políticas em prol da educação, do
combate ao uso de drogas, na proteção ao meio ambiente através de políticas que
garantam a sua preservação, a qualidade de vida da população e ao mesmo tempo
possibilite o desenvolvimento sustentável, que garantam a liberdade de
imprensa, como alicerce do Estado democrático de direito, o exercício do voto
consciente, afastando do cenário político candidatos não comprometidos com o
decoro necessário ao desempenho da função pública, enfim onde houver uma causa
justa a Maçonaria se fará presente. Estamos sempre buscando estabelecer
parcerias com o Governo e com a sociedade organizada para o atingimento de
nossos objetivos. Nós, maçons, estaremos sempre prontos a servir ao nosso
Brasil na luta contra toda forma de desigualdade e injustiça. Seremos
guerreiros destemidos e incansáveis contra nefasta propagação do germe da
corrupção no território pátrio, como se fosse epidemia, contaminando e
destruindo os princípios morais e básicos da civilidade, afetando a todos,
inclusive comprometendo as futuras gerações. Se o Grande Arquiteto do Universo
nos permitir, poderemos bradar em alto e bom tom: VIVA A INDEPENDÊNCIA MORAL DO
BRASIL. Sabemos quem somos e para onde vamos!
Juscelino Moraes do Amaral
Grão Mestre da Glomaron (Grande Loja
Maçônica do Estado de Rondônia)
Fonte: http://www.gentedeopiniao.com/lerConteudo.php?news=84746
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